quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pedro Bial: Do Muro de Berlin ao Paredão do BBB



Recentemente, o Brasil tem vivido uma verdadeira guerra de opinião. De um lado encontram-se os alienados, os telespectadores do reality show Big Brother Brasil (BBB), sob comando da poderosa Rede Globo, e intermediado pelo respeitável jornalista Pedro Bial; e do outro, a parcela inteligente da população brasileira que vem travando uma forte campanha de conscientização contra este programa.

No final dos anos 1980 o mundo assistiu, talvez, ao maior acontecimento de sua década: a queda do muro de Berlim. Era o fim de uma era, de um período negro, ou melhor, vermelho da história. Da vitória, como diziam os americanos, do bem contra o “império do mal”, e curiosamente, representando o Brasil, qual repórter esteve lá? Pedro Bial, e com muita competência, justiça seja feita, ele cobriu o evento, entre outros, e certamente este acontecimento o deixou na estratosfera do jornalismo brasileiro.

Não bastasse, Bial também foi correspondente em outros eventos de igual importância como a Guerra no Golfo e o colapso da União Soviética. Ousado, certa vez em visita aos beduínos no deserto da Jordânia chegou a comer um olho de carneiro na refeição para não desafrontar as tradições daquele povo.

Todavia, desde o ano de 2002 assumiu o pior programa que já pode existir na televisão brasileira: o já citado Big Brother Brasil. E pior, inspirado num reality show europeu, que nem mesmo sobreviveu ao país de origem (Holanda) o programa ainda preza por premissas que vão de encontro a todos os valores conhecidos da sociedade brasileira, como o trabalho, a ética e a generosidade do povo. Lá, um grupo de jovens, em sua maioria mui bonitos, “herói” é o termo usado ao participante mais desonesto, conquistador, inescrupuloso e capaz de passar por cima de tudo e de todos em prol de conquistar o prêmio milionário.

Contudo, semelhante ao que Judas Escariotes fez ao maior líder de todos os tempos, por algumas moedas, Bial pode estar cometendo (juntamente a TV GLOBO) a maior traição de todos os tempos, não só ao povo brasileiro bem como à sua própria história: manipular a massa inculta brasileira em prol de meros interesses financeiros.

Entretanto, ao contrário de Judas, esta traição é por uma quantia muito maior. Atualmente vem circulando um email na internet, assinado pelo escritor Érico Veríssimo cujo conteúdo denuncia que a cada paredão do BBB 12, quando a população é acionada para eliminar um participante, a emissora fatura cerca de 8,5 milhões de reais.

Agora, em pleno começo do século 21 o “muro” mudou. Há muito deixou de ser de concreto e cimento e passou a ser virtual, porém longe de ser ilusório e bem mais ameaçador. E com a popularização da internet, cujo simples toque do mouse transforma uma pessoa em celebridade (Luíza já está no Brasil) a partir de uma frase boba, as antigas passeatas tornaram-se coisa do passado. Esperamos que o poder de direito, seja qualquer um deles: o executivo, o legislativo ou o judiciário (ou os três combinados) tenha a coragem de proibir a veiculação deste programa, ou, do contrário, a sexta economia mundial continuará, no ponto de vista da educação, no fundo do poço.

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