sábado, 29 de outubro de 2011

Ex-militante das Ligas Camponesas vai lançar livro no Recife

Depois de inúmeras publicações o regime militar (1964-1985) volta à cena com o lançamento, no Recife, do livro: “DAS LIGAS CAMPONESAS E A REVOLUÇÃO DE 64”, escrita pelo advogado e ex-militante político Joel Sampaio de Arruda Câmara.
Com um título, no mínimo provocativo para a maioria dos estudiosos, principalmente os de esquerda ele torna-se ainda mais polêmico por quem o escreveu. Joel Câmara tem no currículo o fato de ter sido lugar-tenente, espécie de discípulo nº1 do também advogado e líder camponês Francisco Julião, um dos maiores baluartes das LIGAS COMPONESAS em Pernambuco.
Chegou a ser preso por duas vezes, uma no primeiro governo de Miguel Arraes, em 1961, e outra no início dos governos militares, em 1964, por “medida de segurança”. Ex-trotskista, decidiu abandonar as bandeiras vermelhas por desilusão e considerar-se traído por antigos companheiros. Inclusive chegou a dividir sela com outros revolucionários como, entre outros, Gregório Bezerra.
No conteúdo deste ensaio, que, segundo o autor, será dividido em três volumes Joel descortina o passado, numa riqueza de detalhes e documentação impressionantes o verdadeiro papel dos comunistas, mitos e mentiras, entre outras, o oportunismo deles frente a fundação das próprias Ligas.A previsão de lançamento está para o início de 2012 e o preço esta a definir.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Debate sobre Gregório Bezerra


Amanhã, 28 de outubro, as 19h será realizado na livraria Poty um debate sobre MEMÓRIAS - a recente obra póstuma do lendário líder comunista Gregório Bezerra. Tendo a frente da mesa o filho Jurandir Bezerra,com mais de 80 anos, será debatido toda a contribuição de seu pai na política brasileira bem como toda a sua trajetória de vida,desde a revolução de 1930, a intentona comunista,os regimes militares até a sua vida no exílio, na Rússia Soviética.

Depois do bem sucedido lançamento no Recife, desde 1 de setembro,na sala da Fundação Joaquim Nabuco a história comprova sua imortalidade através de MEMÓRIAS. Com cerca de 600 páginas, com manuscritos reunidos no tempo de exilado Gregório conta tudo o que sua assombrosa memória pode trazer, desde os tempos de criança, no sertão pernambucano, toda sorte de privações dos sertanejas, as condições humilhantes frente aos coronéis, bem como toda as vitórias de sua vida. Pela Editora Bointempo, o livro custa R$ 70,00 nas livrarias.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

História Americana: O encontro imaginário dos JK

Liderança. Audácia. Carisma. Qual a relação entre estas palavras? Resposta: os presidentes Juscelino Kubistchek e John Kennedy. Notáveis líderes em seus respectivos países, Brasil e Estados Unidos, mais que a semelhança das iniciais (JK) a biografia de ambos acrescenta mais uma palavra: tragédia. Apesar de extremamente populares, morreram de forma trágica e deixaram grande comoção popular.
Seria exagero reiterar que os presidentes acima destacados constituem o único caso da história dos estadistas cujo final é encerrado por um crime bárbaro. Entretanto, o poder de comunicação, aliado ao não menos importante espírito futurista e sedutor nos dois personagens, por si sós não passaram despercebidos da historiografia.
Há 50 anos, mais precisamente no dia 20 de janeiro de 1961 o jovem John Kennedy surpreendeu (pela relativa pouca idade) ao assumir o cargo mais poderoso do mundo: a presidência norte-americana. Mesmo por uma vitória apertada, menos de 2% contra Nixon, mais tarde futuro presidente. O mundo simplesmente parou para testemunhar este acontecimento, afinal, o planeta vivia o auge da guerra fria, a conhecida queda de braço entre as duas superpotências mundiais: A União Soviética versus Estados Unidos. E, o presidente Kennedy representava o alívio dessas tensões entre estes dois países e, de quebra, a tão almejada paz mundial.
Na parte sul do mesmo continente, mais precisamente no Brasil, seis anos antes assumira a sua presidência o jovem político Juscelino Kubistchek, sob a coligação PSD-PTB foi eleito com 36% dos votos válidos. Evidentemente, em proporções menores ao problema do colega norte-americano Kubistchek assumira o comando da nação num momento não menos delicado. O país enfrentara um vácuo político, mal preenchido por uma série de governos interinos desde o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em agosto de 1953.
O desemprego progressivo, a alta da inflação e a crescente aderência aos movimentos de esquerda, bem como os de direita (os militares) deixaram um palco político no mínimo desafiador para o futuro presidente. Mas, com estrema habilidade, e um plano grandioso como projeto “cinquenta anos em cinco” Kubistchek resgatou a esperança e o orgulho nacional.
Nas eleições presidenciais de 1955, foi eleito com 36% dos votos. Como presidente construiu hidroelétricas, modernizou parques industriais, trouxe investimentos estrangeiros ao país e deu início a construção de Brasília, sob instituição do Distrito Federal.
Aspecto Psicológico de Ambos
Sem dúvida o encontro dos dois JK´s seria para lá de agradável(como nesta foto montagem), exceto por uma eventual e quase impossível falta de afinidade entre eles, no caso de um encontro real. John Kennedy antes de entrar na Casa Branca foi fortemente criticado por sua pouca idade. Entretanto, Kennedy era acima de tudo um sedutor, e encarnava para a maioria das pessoas o típico playboy americano, fator este o qual quase lhe arrancou a presidência.
Inversamente, Juscelino Kubistchek, apesar do incomum sobrenome (de origem Tcheca) não possuiu a mesma sorte de colega político acima, porém dividia com o mesmo um surpreendente poder de sedução e grande sucesso entre as mulheres. Ambos gostavam da noite e tudo o que de bom ela poderia trazer, claro. E usufruiram disso.
Infelizmente, relatar as façanhas amorosas dos dois figurões da política dariam um livro, e o espaço da postagem perderia o sentido do blog, cujo papel é despertar a paixão dos leitores pela história dos personagens e ir além (como rastrear os livros e links). Mas posso adiantar aos leitores que quanto ao apetite sexual John Kennedy chegava a ir além: há rumores que ele apreciasse o sexo coletivo, como nos tempos de Roma.
Sua infidelidade à primeira dama era tão pertubadora quanto o mal-estar gerados, como exemplo do episódio da atriz Marilyn Monroe¸ quando esta cantou os parabéns a Kennedy, por ocasião do seu 45º aniversário, no dia 19 de maio de 1962. E mesmo antes do sexy sussurrar final da cantoria o país inteiro já sabia do romance dos dois.
A desenvoltura de Marilyn, bem como sua intimidade quase deixou o presidente em apuros, e ainda chegou a ser relembrado, mais de 30 anos depois, em comparação ao escândalo do ex-presidente americano Bill Clinton, acusado de envolvimento sexual com a então estagiária Mônica Levinsky.
No caso de Juscelino, bem mais discreto, sabe-se apenas que vivenciou muitos amores, todavia casou-se com Sarah Lemos, a quem o único obstáculos do romance dos dois era a política, a segunda paixão de Kubistchek.
A Tragédia histórica
Sem dúvida, até pela combinação das circunstâncias e importância do cargo numa visão mundial deram a John Kennedy o destaque maior ao assassinato. Ele era jovem, vivia o auge de sua carreira e popularidade. Mas, mesmo assim teve sua vida abreviada num covarde e intrigante assassinato, mal esclarecido, pouco solucionado e divisor de opiniões, mesmo nos dias de hoje.
No caso do presidente Juscelino Kubistchek, seu falecimento ocorreu no dia 22 de Agosto de 1976, em um desastre automobilístico em que também perdeu a vida seu motorista e amigo Geraldo Ribeiro, em circunstâncias até hoje pouco claras, no quilômetro 328 da Rodovia Presidente Dutra, em um automóvel Chevrolet Opala, na altura da cidade fluminense de Resende, no qual o veículo onde ele estava, colidiu violentamente com uma carreta carregada de gesso.
Sob a mira de inúmeras câmeras, pode-se assim dizer que o assassinato de John Kennedy parecia algo cinematográfico. E foi reprisado por todo o planeta. O difícil era acreditar o que de fato ocorrera naquela fatídica tarde em Dallas, quando três tiros foram efetuados na cabeça de Kennedy, a bordo de sua limousine e cuja morte foi instantânea. Era sexta-feira 22 de novembro de 1963 . O suposto assassino, Lee Harvey Oswald foi preso 80 minutos depois, porém nunca admitiu o crime, pouco tempo depois foi assassinado.
Inúmeras conjecturas foram criadas para explicar a morte de ambos presidentes, embora não justifiquem em momento algum. Segundo relatos extra-oficiais Juscelino não era bem visto pelos militares e sagrou-se um forte opositor à ditadura militar no Brasil, daí a grande suspeita da população frente a eles. John Kennedy, nem se fala, afora o inimigo natural da guerra Fria, a Rússia Soviética, entre outros, ele já estava se preparando para concorrer à reeleição à Casa Branca. Fator este que certamente lhe contraiu inúmeros inimigos políticos.
Contudo, suas personalidade já estão eternizadas na História da humanidade , bem como em filmes e bibliografia dos grandes líderes do século 20.

Referências para pesquisadores
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.vejoseries.com/images/series/fotos/jk.jpg&imgrefurl=http://www.vejoseries.com/JK&h=1401&w=1014&sz=251&tbnid=fQ2FG8QhPtsD7M:&tbnh=150&tbnw=109&prev=/search%3Fq%3Da%2Bmorte%2Bde%2Bjuscelino%2Bkubitschek%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=a+morte+de+juscelino+kubitschek&hl=pt-BR&usg=__OWt2lZxQph8P3-lnAfYLVbMXZ9k=&sa=X&ei=yd2dTbyrG9Cgtgfs64nEBA&ved=0CF4Q9QEwCw
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-50-anos-da-posse-de-john-kennedy


vídeos



video 2

Não foi encontrado um video a respeito da morte de JK

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff: a Dama de Ferro Brasileira?

No dia primeiro de janeiro de 2011 o povo brasileiro testemunhou um momento histórico: a posse da presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a comandar o Brasil. Todavia, ela não é única do recente quadro político mundial. Nomes como a chanceler Angela Merkel, na Alemanha; a presidente Cristina Kirchner, na Argentina; ou a Secretária de Estado Hillary Clinton, nos Estados Unidos (entre outras) compõem o cenário feminino internacional. Apesar destes nomes, a atual chefe do executivo brasileiro vem sendo constantemente comparada a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher, conhecida pelo apelido “Dama de Ferro”, seria um exagero?
De fato, aproveitando o jargão do ex-presidente Lula: “nunca na história deste país...” uma mulher conquistou tanto poder. Eleita com mais de 56% dos eleitores, de quebra, ela ainda assumirá o governo com maioria parlamentar. E mais, de seus 37 ministros, nove mulheres irão compor o seu governo em 120 anos de República brasileira.
Breve Biografia
Filha do advogado e empreendedor búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte – Minas Gerais. De classe média, na infância estudou em colégios de formação católica e conservadora.
Contudo, interessou-se por política logo após o regime militar de 1964. Influenciada pelo movimento estudantil, bastante ativo na época, ingressou no POLOP (Política Operária) e, posteriormente no Comando de Libertação Nacional (COLINA). Foi justamente neste último que lhe conferiu maior fama, como a questão da clandestinidade além, das ações armadas (assalto a bancos, atentados a bomba, etc.) que ela nega ter participado diretamente. No início dos anos 1970 foi condenada a seis anos de prisão, quando foi severamente torturada. Mas depois de dois anos foi absolvida pelo Supremo Tribunal Militar.
Após a anistia, filia-se ao PDT, partido do ex-exilado político Leonel Brizola. Na carreira política, de 1985 até 1988 foi Secretária Municipal da Fazenda do prefeito Alceu Collares (PDT-RS), em Porto Alegre. E, posteriormente, em 1990, quando este foi eleito governador do Estado (Rio Grande do Sul) ela assume a pasta das Minas, Energia e Comunicações. Em 1998, no governo do petista Olívio Dutra foi convidada para assumir o mesmo cargo, em sinal de sua competência. Em sua gestão a capacidade de atendimento do setor elétrico subiu 46%.
O seu prestígio aumentou quando, na crise do apagão do governo FHC, a região sul foi à única não atingida. Apesar de ter alertado antes o presidente do iminente problema do setor elétrico. Por isso, em 2002 ela foi convidada para ministra das Minas e Energia, no governo Lula. Com o escândalo do mensalão e a renúncia do então ministro José Dirceu Dilma é nomeada em seu lugar para a Casa Civil, o mais importante posto do governo brasileiro.
Foi justamente a sua experiência como Chefe da Casa Civil que lhe garantiu as bases para a caminhada à presidência da República.

Semelhanças entre Dilma e Thatcher
Evidentemente, é notório afirmar algumas semelhanças entre Dilma Rousseff e Margareth Thatcher, como no campo da personalidade, fator esse fundamental pra qualquer mulher que almeja um cargo de destaque. Mas resumi-las uma na outra beira à estupidez. Ambas possuem uma personalidade forte e de comando, aliados a um caráter técnico e pragmático nas decisões. Coincidentemente, herdaram de seus respectivos pais a veia para a política.
O pai de Dilma, Pedro Rousseff, era um advogado búlgaro e antes de imigrar ao Brasil era filiado do partido comunista da Bulgária; no caso de Margaret, seu pai, Alfred Roberts, era proprietário de uma mercearia. Porém foi um ativo membro municipal de Granthan, cidadezinha dos Midlands ( região Central da Inglaterra) e, posteriormente prefeito durante um ano, em 1945.
Na vida acadêmica Dilma graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande de Sul em 1977, visto que em Minas (sua terra natal) foi impedida de concluir o mesmo curso em função do AI-5, sob acusação de subversão. Thatcher formou-se em Química, mas exerceu por apenas quatro anos. Em seguida, optou por estudar direito pela Universidade Oxford, em 1953. Daí inicia suas pretensões políticas.
Elas foram eleitas as primeiras mulheres de seus respectivos governos. A obsessão pela objetividade e a busca por resultados é similar, nem que para isto ameace a popularidade. Ambas não nasceram com o carisma comum dos grandes líderes. Margareth vivia nos altos e baixos de popularidade e chegou à amargar em minguados 25% de aprovação no final de seu governo (1979-1990).
Como Dilma não teve tempo de gozar a presidência, sua estada com chefe da Casa Civil (2002-2010), cujo posto equivale, em linhas gerais, a de primeiro-ministro em outros regimes apenas conseguiu se eleger por um carisma transferido pelo seu padrinho político, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Principais Diferenças
Passadas as semelhanças acima relatadas, no campo da política a disparidade entre as duas é enorme. Enquanto estava no poder, Margaret tornou-se símbolo da direita mundial ao defender abertamente o neoliberalismo econômico, ou seja, a menor participação do Estado na economia. Para isto, seguiu de forma rigorosa a nova cartilha como a questão das privatizações de estatais, redução de gastos e uma oposição implacável aos movimentos sindicais do Reino Unido.
Inversamente, como foi dito Dilma optou desde sua juventude pelos movimentos de esquerda, inclusive os mais radicais (como as ações armadas). Enquanto ministra das Minas e Energia conseguiu equacionar os problemas do setor elétrico. E na Casa Civil foi uma ativa defensora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), embora em gestação, as obras, como a transposição do São Francisco, prometem beneficiar inúmeros estados brasileiros, sobretudo o Nordeste. Principalmente no mandato atual.
No início do governo, a primeira ministra britânica conseguiu reduzir a inflação e a valorizar a libra esterlina que proporcionaram algum fôlego à economia, além de uma relativa paz com a opinião pública. Em contrapartida, o índice de desemprego triplicou desde a sua posse, em cerca de três milhões de britânicos.
Todavia, a sua personalidade austera conferiu-lhe numerosos inimigos, internos e externos, sobretudo dos países de ordem comunista. Principalmente a extinta União Soviética. Daí nasceu o apelido “Dama de Ferro”, que lhe deixou fama pelo resto da vida.
Controvérsias à parte, tanto Margaret Thatcher quanto Dilma Rousseff tornaram-se, entre outras, referência mundial da mulher moderna enquanto estadista, um estímulo para tantas outras, além de entrarem definitivamente para a História.
Referência para Pesquisadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilma_Rousseff
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thatcher
Livro Margaret Thatcher-os Grandes Líderes-original-cdlandia
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