sábado, 7 de agosto de 2010

General Heiz Guderian, o Aníbal do Terceiro Reich

Sessão: Segunda Guerra Mundial
Assunto: Mistérios do Terceiro Reich

Considerado por muitos um gênio militar, o general Heinz Guderian fez jus a sua respeitável fama. Em sua carreira foi partícipe das duas guerras que marcaram o século XX: a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Porém nesta última, ganhou fama após a criação dos temíveis Panzers, os velozes tanques blindados do Reich. Talvez, tenha como equivalente o general Aníbal Barca (247-183 a.C), do Império Cartaginês a quem quase derrotou Roma, na Antiguidade. De qualquer forma, ambos ocupam um lugar no Olimpo, no Hall dos gênios militares.
Filho de um oficial do exército Guderian nasceu em 17 de junho de 1888, em Kulm, na antiga Prússia Ocidental (atual Chelmno, Polônia). Sua inclinação militar começou desde cedo, estudou na Escola de Cadetes Karlshure e na Gross-Lichterfeld, próxima a Berlin. Foi comandante do 10º batalhão de Caçadores Hanoverianos (Hanôver, Alemanha). Na Primeira Guerra sua grande experiência bélica foi na Batalha de Verdun, na França.
Mas com a derrota alemã continuou investindo em sua carreira, e assumiu vários postos no exército. Neste ínterim aprofundou-se em teorias que posteriormente resultaram na criação dos Panzer, unidades motorizadas(e blindadas) para combates. Em 1931 foi promovido por Adolf Hitler Tenente-coronel. Com este feito tornou-se símbolo na chamada Guerra-Relâmpago; cuja rapidez dos seus tanques blindados deixava seus inimigos sem a menor chance de defesa. Bem como aconteceram na invasão da Polônia, na batalha da França, Países-Baixos e, sobretudo, na Operação Barbarossa, na União Soviética.

Aníbal, a pedra no calcanhar de Roma
O general Aníbal Barca nasceu em Cartago, em 247 aC. (atual região de Túnis, na Tunísia). Era filho do também general Amílcar com Ibérica (daí o nome Península Ibérica). Além de chefe militar seu pai também era o governante de Cartago, superpotência do mundo antigo e concorrente do Império Romano. Segundo a História, eles travaram três grandes conflitos os quais ficaram conhecidos como Guerras Púnicas (264 a 146 a.C).
Aníbal participou da Segunda Guerra Púnica, o qual o deixou famoso pela façanha de ter atravessado os Alpes a partir da península Ibérica. Por sobre elefantes, com um exército mal armado e em menor número atormentou a defesa romana por mais de uma década. Mas foi derrotado por uma manobra do imperador Cipião africano, quando este resolveu dirigi-se a cidade de Zama, território Cartago (ao norte da África). Já desgastado de tantas guerras, mesmo sem condições, Aníbal viu-se obrigado a defender seu território, quando então foi derrotado (202 a.C).
A rendição foi desastrosa para seu Império. Visto que, além de perda de grande parte de seu território os romanos impuseram pesados impostos e cláusulas humilhantes, como o fim da autonomia bélica. Cartago agora não poderia mais lutar, sem ao menos a permissão do vencedor. Por fim, no governo de Cipião Emiliano foi provocada a Terceira Guerra Púnica, a quem considerava a simples existência cartaginesa uma ameaça. Sua cidade foi completamente arrasada em 146 a.C.
Memoráveis Batalhas de Guderian e Aníbal
As afinidades entre os generais Aníbal Barca e Heinz Guderian são mesmo impressionantes. Ambos foram filhos de militares, e desde a infância apresentavam um talento militar incomum, além de avançados ao seu tempo. Também serviram à superpotências de seus respectivos períodos; entretanto, não fosse suas genialidades teriam ficado no rodapé da História.
Dotados de uma personalidade forte, Guderian era um dos poucos oficiais que discutia com Hitler, quando a opinião deste discordava. Talvez por isto era alvo de ciúmes entre seus colegas de farda; já Aníbal possuía uma liderança natural não só perante seu exército quanto ao seu povo, além do carisma (ambos eram venerados como heróis).
No ponto de vista pessoal, apesar do indiscutível sucesso no começo da guerra, com a invasão na Polônia, França e Países-Baixos, foi na Operação Barbarrossa (ou Barba-Ruiva) a quem Guderian obteve maior êxito. Pelo menos no início. Sua proeza foi tamanha que o Führer chegou a promovê-lo a General-coronel. Das três frentes acionadas para enfrentar o "gigante do leste" apenas a dele estava obtendo um movimento satisfatório.
Mesmo enfrentando um exército cinco vezes superior, suas unidades motorizadas não perdoaram os russos. Deixaram para trás quase 5 mil tanques inimigos num intervalo de tempo inimaginável. Mas, em função das outras frentes (em dificuldade) o recém-general teve que reter o avanço. Por isto ele teve que adiar o sonho de atingir Moscou, o qual nunca aconteceu. Do lado oposto o temível "General Inverno"(inverno russo) se aproximara, bem como fez no século anterior, com a derrotada França de Napoleão. O final desta história dispensa comentários.
No outro lado da linha do tempo, outro general fazia história. Após a morte do pai, com apenas 26 anos Aníbal reorganiza e assume o comando do exército. A partir da atual Espanha decide trilhar, em 218 a.C, cerca de 1000 quilômetros até a Itália, e atravessa o rio Ródano (França) e os Alpes Suíços. Sua principal batalha, sem dúvida foi a de Canas (ou Cannae), na península italiana.
Em 216 a.C, Cartago, com um exército de 50 mil homens consegue a façanha de derrotar 90 mil romanos, sob comando do general Terêncio Varrão. Numa estratégia audaciosa, ele atraiu seus inimigos e os cercou num movimento duplo, fechando-os pela retaguarda. Como resultado, 70 mil soldados morreram, 10 mil foram aprisionados e apenas 3.500 conseguiram fugir. Este conflito feriu profundamente o orgulho do Império Romano, e jamais foi esquecido. Mas, semelhante a Guderian, Aníbal também não conseguiu conquistar seu principal objetivo: atingir Roma. Contudo, até hoje o seu feito ainda é estudado pelas academias militares.
Refêrencia para Apaixonados por História
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_canas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anibal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guderian
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Barbarossa
Hernandez, Jesus. Breve História da Segunda Guerra Mundial. Ed. Madras, 2010
Alvez, Antônio. História 3, O Mundo: Idade Contemporânea. Editora Líber, 1982



7 comentários:

  1. Olá Nelson,
    Obrigado por atender a minha sugestão sobre Heinz Guderian.
    Abrí um link no meu TWITTER sobre essa postagem.
    Veja em: http://twitter.com/geraldo_14F
    Um abraço.

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  2. Com o maior prazer Geraldo. Disponha. Acompanhe as próximas postagens e continue participando...abraço

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  3. Parabéns, Nelsinho. Muito interessante e bem escrito. Bjo!

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  4. Concordo com Amanda...interessante a história e o texto muito bem escrito....não ficou no rodapé....rsrsrsrs...parabéns

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  5. Parabéns pelo blog! Muito bem!

    Bjs

    Camila

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  6. Eu adorei saber um pouco mais sobre a vida de alguns dos generais da 2 guerra, um marco muito forte na história da humanidade que näo se pode, nem se deve esquecer. Qual é o outro tema em vista? gostaria de sugerir que fizesse uma enquete com os temas para votaçao, näo sei se é possível no blog, mas tah a sugestäo!! grande abraço e parabéns pelo post! :*

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  7. Olá Nelsinho.
    Achei muito boa essa história.
    É bom conhecer um pouco sobre a história da guerra.
    Bjss e quero ver mais.

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