
Erwin Rommel, lendário general alemão da Batalha da África do Norte, é daqueles que elogiar soa como redundância. A ele foi incumbido à difícil missão de salvar os italianos além de honrar a sorte do próprio Eixo (países do lado alemão) de uma derrota quase certa. Inicialmente, desacreditado pelos Aliados, sobretudo os britânicos do premier Winston Churchill tornou-se o pior pesadelo deles no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Rommel nasceu na cidade de Heidenheim, no estado de Wuttemberg, em 15 de novembro de 1891, no sul da Alemanha. Era filho de um reitor protestante e mae filha de dignatários. Desde cedo, já demonstrava uma aptidão militar, embora desejasse ser mecânico de aviões. No entanto, por influência do pai acabou seguindo carreira militar. Durante a vida chegou a servir na Primeira Guerra Mundial, e foi contemplado com medalhas de Primeira e Segunda Classe do cobiçado distintivo da Cruz de Ferro germânico.
Na vida pessoal Rommel não bebia e nem fumava. Era dedicado à família e, entre os seus soldados gozava de um respeito e admiração sem igual, além de possuir hábitos simples, como alimentar-se do mesmo cardápio do seu batalhão e tomar chá num cantil que guardava consigo.
Mas foi na Segunda Guerra o qual ele tornou-se um imortal. Depois de uma desajeitada campanha bélica italiana no Chifre Africano (Nordeste da África), um militar sisudo, de estatura mediana é recebido por eles num aeródromo líbio quase como um messias. Era 12 de fevereiro de 1941 e naquele momento os Aliados não tinham a menor idéia do que ele representaria.
Primeiras Batalhas: a Raposa Ataca
Em 31 de março, após convencer as autoridades italianas Erwin Rommel inicia uma batalha no deserto contra os ingleses na cidade de El Algheila, ao norte da Líbia. No modelo Guerra-Relâmpago aciona sua 15ª Divisão Panzer (embora incompleta) e surpreende-os numa vitória triunfal, registrada no dia 4 de abril. E obriga-os a recuarem.
Entretanto, Rommel que não era de perder tempo avança com seus tanques rumo a Tobruk, cidade fronteiriça com o Egito. Confronto iniciado no dia 10 de abril, desta vez o então comandante do Afrika Korps (nome da divisão de Rommel) encontra forte resistência dos australianos, responsáveis por sua defesa. O próprio premier Britânico, Winston Churchill, sabendo da importância estratégica da cidade descarta qualquer retirada, além de cumprir o papel de general na “queda de braço” com o alemão.
Como resposta, Churchill, ora chamado o velho “buldogue bretão” (ou britânico), ou, para os simpatizantes, Leão Inglês, deu início cinco dias depois a uma contra-ofensiva na conhecida Batalha de Sollun (no lado Egípcio). Após quatro dias de um sangrento conflito Rommel sagrou-se vitorioso. Segundo relatos ele adaptou seus canhões antiaéreos 88mm na função antiataque, ele arrasou um por um os tanques ingleses. Insatisfeitos, os súditos da rainha ainda tentaram reagir, mas numa manobra para lá de astuciosa, no dia 17 de abril,foram capturados pela retaguarda germânica.
A partir desta batalha o então general do Reich ganhou o célebre apelido cuja fama galgou proporção internacional: A Raposa do Deserto. E Hitler não deixou por menos, imediatamente o promoveu a Marechal de Campo. Sua façanha foi tamanha que garantiu-lhe a admiração de seus próprios inimigos. O próprio Churchill chegou a mencioná-lo na Câmara dos Comuns (parlamento inglês) como “o grande general”.
Conflito de AL-Alamen: O Buldogue reaje
O primeiro ministro britânico Winston Churchill era mesmo um homem de medidas arrojadas. A situação no deserto era sombria e o incomodava profundamente. Desde a Batalha de Sollon uma única preocupação residia em sua mente: Erwin Rommel, A Raposa do Deserto. E para isto seria necessário nomear alguém à altura, e este homem seria o general Bernard Montgomery. Sua missão: eliminar a raposa.
De fato, Montgomery cumpriu um papel crucial frente às tropas, resgatou a disciplina, organização e até mesmo algumas formalidades militares em desuso, como a reverência. Apesar de sua indiscutível competência é difícil compará-lo ao seu inimigo de farda. Rommel estava em clara posição de desvantagem quanto aos aliados, visto que seus aprovisionamentos custavam a chegar. E partiam de Tobruk ou da distante Trípoli, ao norte da Líbia, país vizinho, após uma arriscada travessia do Mediterrâneo.
Enquanto o Britânico recebia os mesmos mantimentos (alimentos, armas e combustíveis) diretamente do porto de Alexandria, há apenas 95km de Al-Alamen, cidade Egípcia. E ambos sabiam, quem conquistasse esta cidade estaria com o milenar Egito nas mãos. Em 30 de junho a raposa inicia a primeira batalha, mas, sem o apoio da Luftwaffe não consegue romper as linhas inimigas, mas fica em equilíbrio de forças.
Em novembro, com o prosseguimento do conflito o desequilíbrio de forças foi tornando-se cada vez mais evidente. Num dado momento o embate chegou a dois contra um. No espaço aéreo esta cifra subiu para cinco Aliados contra um do Eixo. Mesmo assim, num intervalo ocasionado pelas chuvas de inverno o Marechal aproveita linhas de defesa na estrada de Katerine. E chega a vencer uma batalha, em fevereiro de 1942, contra os inexperientes americanos. Mas era apenas um insulto final. A guerra já estava perdida.
Porém, inversamente ao pensamento oficial, o grande inimigo de Rommel não partiu dos Aliados, e sim de sua própria ordem: o Führer. Muitos especialista garantem: a falta de visão do líder nazista e sua obsessão pela campanha do Leste(na Rússia) foram fundamentais para a derrota alemã. Do contrário, talvez seu Marechal tivesse tido outro fim. Hommel morre no dia 14 de outubro de 1944, em Herrlingen, Alemanha, aos 52 anos.
Referência para os apaixonados por História
http://pt.wikipedia.org/wiki/Erwin_Rommel http://pt.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill Breve História da Segunda Guerra Mundial, Jesus Hernandez O Papa de Hitler, Jhon Cornwell Cinco dias em Londres, Jhon Lukacks National Geografic, "O dia D"
Redescobrindo a Segunda Guerra - O Dia D -
Vídeo 2 (continuação) Batalha na África do Norte